Cinco Curiosidades Sobre A Medicina Medieval



Você não ia gostar de ficar doente na era medieval. Por quê? Se você ficasse doente podia procurar orientação com um curandeiro, um benzedeiro, um astrólogo, um místico, uma bruxa ou com o aldeão mais velho e experiente da aldeia ou com estivesse disponível. A figura de um médico, como nós conhecemos atualmente, não existia. E conforme a influência do cristianismo ia crescendo, a doença passou a ser encarada como uma punição divina para um pecado seu cometido ou por seus pais. Desta forma a oração e penitência era a forma natural ditas pelos padres e bispos para curarem suas enfermidades. O uso de encantamentos, simpatias e poções mágicas (em geral chás de ervas e unguentos) foram classificados como paganismo e uma afronta às leis de Deus. Abaixo separei cinco curiosidades interessantes sobre a medicina medieval:

1) Quem fazia cirurgias na era medieval era o barbeiro-cirurgião. Isso mesmo que você está lendo. Na idade média, o mesmo sujeito que fazia barba e cabelo era o responsável por amputar membros em necrose por infecção, tirar flechas do corpo dos cavaleiros e arrancar dentes apodrecidos. Algumas barbearias tradicionais inglesas com mais de quatrocentos anos de existência exibem um mastro com listras brancas e vermelhas. O vermelho simboliza o sangue do paciente e o branco, as ataduras.

2) Os antigos textos gregos sobre medicina ficavam confinados dentro dos monastérios medievais. A razão era restringir o conhecimento: os monges cristãos não queriam que esses textos pagãos desviassem os católicos do caminho da cura espiritual das doenças. E, por ironia, foi nesses monastérios nos anos 500 que se formaram as primeiras escolas de medicina somente para monges. As universidade européias só surgiriam 500 anos mais tarde e os monges passaram a ser proibidos de exercer a medicina.

3) Os médicos medievais não tinham quase nenhum conhecimento sobre a anatomia humana. A Igreja considerava o corpo humano como sagrado e divino e uma dissecação era considerada uma heresia grave por violar as leis de Deus. Desta maneira, a anatomia até então conhecida vinha dos  estudos do grego Galeno, que viveu trezentos anos do início da era medieval e que eram baseados na anatomia de porcos. Já a astrologia era amplamente utilizada pelos médicos medievais de conhecimento mais elevado. Um mapa astrológico do paciente poderia dizer quais patologias ele poderia desenvolver ao longo da vida, como ilustrado neste tópico. Libra estava ligada aos rins, Peixes aos pés e Escorpião às genitálias, e assim por diante.

4)  Quando você fica doente, vai onde? Ao hospital. Bem, na era medieval os hospitais funcionavam mais como um depósito de doentes, onde monges e freiras providenciavam abrigo, alimentação e conforto espiritual. Raramente um doente recebia tratamento.

5) Já fez exame de urina? É lógico que sim. Essa prática é tão antiga quanto andar para frente. Na era medieval, o exame da urina era mais importante que examinar o próprio paciente. Tanto que o símbolo da medicina da idade média é um frasco com urina. Nessa era foram escritos vários tratados médicos, demonstrando como a cor, a densidade, os sedimentos, o odor e o sabor da urina poderiam indicar a enfermidade do paciente.
Referências:
Wikipedia (Medicina Medieval).

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